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Realidade ou ficção?
Tudo é invenção...




Desejava trabalhar com histórias que faziam parte das minhas relações pessoais nos diversos níveis... na amizade, na profissão, na família, no amor...memórias... buscando harmonia entre a poética e a técnica, já que me interessa o resultado visual que obtenho com o vidro, suporte que integra minhas investigações há algum tempo.


No meio da pesquisa, ganhei uma história de presente, um romance, que “roubei”, me norteando neste trabalho. Ora eu me colocava como o personagem que narrava a história, ora como a inventora de uma máquina que registra tudo e todos, tal e qual no romance A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares que trata da história de um cientista, criador de uma máquina capaz de armazenar e reproduzir imagens, sons e sensações extraídas da realidade.


“Inventora”, ficcionista ou não, detentora de várias histórias de pessoas do meu convívio, desencadeei narrativas visuais, extraídas da realidade ou não, mesclando referências advindas de várias fontes, como a internet, por exemplo. Projetando-as e repetindo-as inúmeras vezes. Materializando-as através de fotografias ou imagens do universo virtual, manipulando-as e sobrepondo-as... translúcidas... em placas de vidro, que saltam ao olhar, apresentando “objetos” retirados destas imagens, pontuando histórias resultantes destas relações.


Penso que essas narrativas visuais, impressas nos vidros, darão margem a serem associadas a outras imagens, criando novas narrativas de livre interpretação, permitindo que as relações de significados se confundam com as vivências alheias.

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